Arroz Doce Árabe com Molho de Mirtilos e Amêndoas



O arroz do continente sul americano (diferente do arroz da Ásia descoberto há cinco mil anos) já era consumido pelos Incas em estado selvagem e entrou no Brasil pelo Paraná, trazido pelo o Caminho do Peabiru, “o caminho transcontinental mais importante da época anterior ao descobrimento, utilizado largamente pelos indígenas em suas migrações”. A rede viária que ainda hoje se alcança através de caminhos restaurados na Serra da Graciosa, no litoral paranaense, era uma rota que ligava o Atlântico ao Pacífico, atravessando a Cordilheira dos Andes, abertas pelos indígenas na era pré-cabralina. Alguns autores apontam o Brasil como o primeiro país a cultivar esse cereal no continente americano. 



O arroz era o “milho dágua” (abati-uaupé) que os tupis já colhiam nos alagados próximos ao litoral e era comida brasileira de feijões e farinhas da Nação Tupi-Guarani que habitava nossa terra, antes dos descobridores chegarem. O milho d’água, como o arroz era conhecido pelos índios, compunha o cardápio dos primórdios. Associado ao feijão preto, tal qual é conhecido e aceito como cardápio nacional dentro do Brasil. O sudeste da Ásia é dado como o local de origem do arroz. Na Índia, uma das regiões de maior diversidade e onde ocorrem numerosas variedades endêmicas, as províncias de Bengala e Assam, bem como na Mianmar, têm sido referidas também como origem. Chegou até a Pérsia, difundindo-se, mais tarde, para o sul e o leste, passando pelo Arquipélago Malaio, e alcançando a Indonésia, em torno de 1500 a.C. A cultura é muito antiga nas Filipinas e, no Japão, foi introduzida pelos chineses cerca de 100 anos a.C. Até sua introdução pelos árabes no Delta do Nilo, o arroz não era conhecido nos países Mediterrâneos. Os sarracenos levaram-no à Espanha e os espanhóis, por sua vez, à Itália. Os turcos introduziram o arroz no sudeste da Europa, donde alcançou os Balcãs. Na Europa, o arroz começou a ser cultivado nos séculos VII e VIII, com a entrada dos árabes na Península Ibérica.



Ingredientes

  • 3 xícaras de arroz branco
  • 1 litro de leite
  • Cravo, canela à gosto
  • 2 colheres de sopa de essência de baunilha
  • 2 colheres de sopa de essência de rosa vermelha
  • 3 cardamomos esmagados (opcional)
  • 2 colheres de sopa de amido de milho

Modo de fazer

  1. Sem lavar o arroz para que ele conserve a goma, levar ao fogo lento com água, açúcar, cravo e canela. 
  2. Após ferver, abaixar a chama e cozinhar em panela tampada até secar a água, o grão estará al-dente. 
  3. Adicionar metade do leite até novamente ferver, sempre em chama baixa. Nesta altura, mexer sempre até amaciar o arroz. O leite deverá somente borbulhar sem arrebentar as bolhas. 
  4. Ferver a outra metade do leite, adicionar a essência de baunilha e o amido de milho misturar bem. Lentamente despejar no centro do doce, mexendo com movimento circular e firme. 
  5. Ao borbulhar novamente, cozinhar por 5 minutos. Desligar, retirar o cardamomo, os cravos, o pau de canela e colocar a essência de rosa vermelha e metade do molho de mirtilos com um pouco de calda para colorir o arroz. 
  6. Servir quente no inverno, gelado no verão. Polvilhar canela. Enfeitar com amêndoas, levar para a mesa a outra metade do molho, à parte.


MODO DE FAZER O MOLHO DE MIRTILO

Ingredientes

  • 200 g mirtilo ou cerejas
  • 40 de açúcar
  • 2 colheres de sopa de suco de laranja
  • 1 colher de sopa de essência de baunilha
  • Pitada de canela (opcional)

Modo de fazer

  1. Colocar todos os ingredientes em uma panela pequena, em fogo baixo. 
  2. Cozinhar por 10 minutos até que as frutinhas soltem o suco. O líquido deverá evaporar um pouco e se transformar em leve calda. 




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